Entrevistas a humoristas

Entrevista a Paulo Ramos

PP: ¿Le gusta que le hagan entrevistas?

PAULO RAMOS: No mucho.

 

PP: En este año 2014, ¿cómo ve el estado del humor en el país donde vive, en televisión, radio, teatro, literatura y gráfica?

PAULO RAMOS: No Brasil, passamos por um processo de transição dupla, por assim dizer. Num primeiro aspecto, há um processo de consolidação de novos autores e humoristas nas diferentes mídias. Um novo jeito de fazer humor, a ser observado com atenção. Num segundo aspecto, há uma influência direta dos teatros (principalmente por meio dos stand-up comedies) e da internet (via vídeos e redes de relacionamento) na difusão do humor no país.

 

PP: En varios países de América Latina se dice: "Mi país es un pueblo de humoristas", "en mi país, tú mueves una piedra y sale un humorista", etc. ¿En el país donde vive se dice lo mismo?

PAULO RAMOS: Não chegaria a tanto. Mas o Brasil é um país cuja população é bem-humorada e que adora fazer piada de tudo. Mesmo de pessoas famosas que tenham acabado de morrer.

 

PP: ¿Es verdad la acuñada frase: "Es más fácil hacer llorar que hacer reír?

PAULO RAMOS: No Brasil, temos essa expressão também, que seria traduzida com frases como "melhor rir do que chorar" ou "rir é o melhor remédio". Como o país é marcado pelo bom humor, são ditados que casam bem com o perfil da população.

 

PP: ¿Cuándo decidió dedicarse a estudiar y trabajar con el humor?

PAULO RAMOS: Durante a pesquisa de meu doutorado, realizado na Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo. Estudei o humor de piadas e de tiras cômicas, numa tentativa de aproximação dos dois gêneros.

 

PP: ¿El humorista nace o se hace?

PAULO RAMOS: Acredito que o meio externo traga as condições para que uma pessoa migre ou não para o humor.

 

PP: ¿Cuál ha sido el mejor y el peor momento de su carrera hasta el día de hoy?

PAULO RAMOS: Não sou humorista. Mantenho-me no meu lugar, que é o da pesquisa sobre humor. Sob esse aspecto, diria que o momento mais importante dos estudos que fiz a respeito do humor tenha sido o meu doutorado, defendido em 2007. Uma versão mais curta dele foi impressa em livro, em 2011 ("Faces do Humor- Uma Aproximação entre Piadas e Tiras", Zarabatana Books).

 

PP: Como estudioso del humor, ¿se ríe fácil? ¿Con qué tipo de chistes?

PAULO RAMOS: Tenho a rir de tudo. Desde que tenha graça. Considero-me também uma pessoa de bom humor.

 

PP: ¿Alguna anécdota relacionada con su labor?

PAULO RAMOS: Todas as tiras cômicas que exisitirem.

 

PP: ¿Con cuáles humoristas se identifica?

PAULO RAMOS: Gosto de ler boas piadas e tiras cômicas. Meu termômetro para saber se a piada é boa ou não é verificar se eu rio após a leitura. Em caso positivo, trata-se de um bom texto humorístico.

 

PP: ¿Qué me aconsejaría a mí como estudioso del humor?

PAULO RAMOS: Ler não só materiais relacionados a humor, mas também os variados estudos feitos a respeito.

 


 

Paulo Ramos es periodista y profesor de Letras de la Universidad Federal de San Pablo, Brasil. Doctor en Letras por la Universidad de San Pablo. Ha hecho estudios posdoctorales en Linguística por la Universidad Estadual de Campinas. El investigador estudia historietas, mídias y humor. Entre sus principales publicaciones están "A Leitura dos Quadrinhos" (2009) y "Faces do Humor: uma Aproximação entre Piadas e Tiras" (2011).